quinta-feira, 12 de outubro de 2017

SOUL'd OUT - A Alma do J-Hip Hop

Olá, como vão?

Hoje trago um post que foge do padrão do blog, mas não tanto, sobre uma banda japonesa chamada SOUL'd OUT.

Primeiro CD do grupo.
Diferente do post sobre Queen, este será um pouco mais curto. Não falarei sobre a vida pessoal dos membros do grupo e não citarei muito sobre as letras das músicas, pois essas informações só podem ser encontradas em sites Japoneses, então eu gastaria horas de meu tempo tentando traduzir de forma razoável (mesmo com ajuda de alguns contatos meus) e ficaria algo mecânico, Queen eu já conhecia há bastante tempo, então basicamente só precisei buscar ano de publicação dos Álbuns, pois até sobre os membros eu tinha um bom conhecimento. Logo, falarei mais sobre minhas experiências ouvindo o grupo.

Sem mais delongas, vamos ao post!


SOUL'd OUT é um grupo de J-Hip Hop (Como o nome diz, um hip hop originado do Japão) que teve sua origem em 1999 e encerrou-se em 2014, através de um anúncio em sua página oficial do Facebook, pois um dos membros precisava sair por motivos pessoais. O grupo foi formado de 3 membros, Diggy-MO' (Main MC), Bro.Hi (Back MC/Human Beat Box) e Shinnosuke (Trackmaster/Compositor). Após o dissolvimento do grupo, Diggy-MO' passou a seguir carreira solo integralmente (futuramente pretendo fazer um post sobre essa carreira solo dele, mas não aguardem nada).

Conheci o grupo em meados de 2015, geralmente na minha aula de informática da escola eu jogava um MUGEN de JoJo com alguns colegas da escola, e entre as BGMs do jogo, haviam algumas músicas do grupo. Escutei-as, acabei gostando e resolvi procurar algumas outras deles pelo Youtube, algo que não me arrependo, pois fiquei extremamente viciado com elas.

Mas, basicamente era só isso, escutava algumas músicas deles no telefone, mas não havia parado para pesquisar muito do grupo, com exceção de algo que falarei mais a frente.

O interesse neles veio há mais ou menos uma semana, quando estava testando o Spotify do PS4, resolvi ver se haviam músicas deles por lá e achei algumas novas não deles, mas sim do Álbum mais recente do Diggy-MO', chamado "Bewitched". Ouvi algumas músicas e já estava gostando bastante, o que me deu vontade de voltar a ouvi o grupo com frequência (o que estou a fazer neste momento), foi aí que descobri que eles não estavam mais reunidos e que o MAIN MC estava seguindo solo.

Fiquei meio chateado, mas aí pensei: "Bem, eles não lançaram mais músicas novas juntos, mas eu posso ouvir as antigas". E foi o que fiz, comecei a pesquisar e achei diversas músicas interessantes.
Interessantes é eufemismo, pois elas conseguiram fazer Yes cair pro post de terceira banda favorita do editor aqui.

Capa do Álbum Starlight Destiny.
A banda possui músicas com os mais variados ritmos e temas, além de terem possuído uma notável influência na Cultura POP japonesa, músicas do grupo foram usadas como temas de muitos animes e novelas/seriados japoneses. 

Agora vamos para as músicas:
Escolhi cinco. Não são necessariamente as 5 melhores e nem as que mais gosto, tal como a ordem não é importante. Apenas tentei selecionar as 5 melhores para iniciar-se com o grupo.


VOODOO KINGDOM possivelmente é a música mais conhecida do grupo, lançada no single GROWN KIDZ/VOODOO KINGDOM para ser tocada como encerramento no lendário filme de Phantom Blood, a primeira Parte de JoJo's (do que eu sei do filme - já que não é possível encontrá-lo em lugar algum - é a única coisa boa dele, junto do traço).

O interessante da música, é a letra: ela é feita na perspectiva do Dio, antagonista principal de PB.
Para não deixar o post muito grande, aqui vai um link com a letra da música em Ideograma, Romanji e Inglês: http://jojo.wikia.com/wiki/VOODOO_KINGDOM

Aproveitando, esse não é o único contato oficial da franquia com a banda, já que é um dos poucos grupos nacionais (japoneses) que Araki-sensei realmente é fã, o mangá contém algumas referências à banda, tal como o personagem da parte 7 (Steel Ball Run), Magenta Magenta. Da mesma forma, eles também curtem o mangá.

Magenta Magenta de JoJo.
Ele também desenhou a capa do Single Catwalk:


Indo para o primeiro álbum deles, de nome homólogo ao do grupo, SOUL'd OUT.
Mostro-lhes minha música favorita do grupo:


Livin' for Today é sensacional, possui um ritmo muito agradável, belíssimo, com vários instrumentos diferentes de fundo (pelo menos ao gênero) e o vocal não decepciona nada, pelo contrário.
Gostaria da letra em Romanji se alguém puder disponibilizar-me, pois só a tenho em Ideogramas (isso é fácil de achar). As partes em inglês já me impressionam demasiadamente.

Escutem essa, creio que não haverá arrependimento para quem curte o gênero (não agrada a todos, mas quem gosta, gosta muito!).

Antes de prosseguir a próxima, gostaria de mencionar a genialidade das capas dos Singles/Álbuns. Todas são compatíveis com o conteúdo que apresentam, apesar dos curiosos nomes.
Demonstram como o processo de ocidentalização do Japão funcionou de forma boa, sem ser anti-nacionalista e alterar a personalidade única do país, diferente do que o ocorre na Coréia do Sul, principalmente para os adeptos de K-POP (tanto como gênero musical, como visual).


Prosseguindo, a música acima é Curtain Call. Essa era minha favorita até eu ouvir Livin' for Today, mas ainda sensacional. Gosto do instrumento de sopro (ou seria metal?!) do fundo (acho que é um Sax haha). A voz do Diggy-MO' é bem única, o tom empolgado do som é legal, principalmente no refrão.



Gasoline de início é estranha, mas conforme você escuta, é possível compreender a sonoridade da música melhor. É estranho dizer, porém...ela é diferente e ao mesmo tempo não é.
Existe a essência da banda lá, mas ela foge um pouco de certos padrões de rima das outras músicas.


Para encerrar, Megalopolis Patrol! A música é incrível, bela para encerrar esse tópico. A BGM (Música de fundo) combina bastante com a letra. O Back Vocal foi bem trabalhado, achei fantástico.
Escutem por si e entendam do que estou falando.

 SHOCK YOUR CODE "MEGALOPOLIS PATROL"
直 YOUR SOUL 音響 SPECTRO
SHOCK YOUR CODE "MEGALOPOLIS PATROL"
Yo! Get a taste of S.O wave A-yo S.O space Here we go!

Bem, agradeço a quem leu até o final, mesmo para aqueles que não curtiram a banda de início, é bom experimentar coisas novas! (E novamente, quem não gostou tem mau gosto!!).

Vou indo pessoal, até a próxima, e um ótimo fim de dia das crianças e Nossa Senhora Aparecida para todos!

Abraços.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Aku no Hana - As Flores do Mal


Olá, como vão?

Como de praxe, sumo e reapareço, por várias questões pessoais, falta de um espaço e tempo bacanas para escrever...

Mas enfim, aproveitando o feriado (que é só quinta para mim, já que Sábado tenho aula e-e) e a grande quantidade de ideias fluindo, resolvi trazer coisas novas pro blog!

Hoje falarei sobre um mangá que recentemente li, bem curtinho - Apenas 57 capítulos, totalizando 11 volumes - Como diz o título, seu nome é Aku no Hana. 

Kasuga Takao
Saeki Nanako
Aku no Hana é um mangá Shounen que trabalha com Romance e temas Psicológicos razoavelmente profundos (o suficiente para engajar corretamente na trama).

A história inicia-se quando Kasuga Takao, um jovem amante de leitura, esquece seu livro na sala de aula, e ao adentrá-la para buscá-lo, resolveu bisbilhotar as coisas de Saeki Nanako, garota qual é sua paixão. 
Justo no momento em que pôs suas mãos na roupa de ginástica dela, escuta um barulho e desesperado, enfia as roupas em sua mochila. Um dia após isso, boatos de um "ladrão pervertido" surgem e ele entra em desespero, consumido pela culpa de seu ato.

As coisas tomam um rumo diferente quando, Nakamura, uma colega de classe taxada de 'estranha' alega tê-lo visto cometendo o crime, e em troca de não revelar o que ocorreu, eles teriam de formar um 'contrato'.

Esse contrato, dá a Nakamura certo controle de Kasuga, que usa-o (lê-se, abusa dele) para secretamente cometer diversas ações de cunho duvidoso e de certa forma, perverso (falo no sentido obsceno), ao mesmo tempo em que ele tenta finalmente aproximar-se de sua paixão, ou como ele mesmo refere, sua "Vênus/Musa", Saeki.

Sawa Nakamura.

O primeiro arco do mangá explora não só a relação triangular entre Kasuga e as duas raparigas (note que eu não disse triângulo amoroso, apesar de os sentimentos de Takao serem confusos), mas também algumas questões filosóficas do poeta Baudelaire (não entrarei a fundo sobre isso) e os sentimentos dos personagens em geral, suas personalidades e etc.

A arte do mangá também é muito interessante, possuindo um toque de realidade que entrelaça-se perfeitamente com o roteiro dos personagens, as expressões faciais e demais movimentos corporais deles mostram ao leitor de forma clara e precisa como os personagens estão, não é apenas uma questão de 'alegria ou tristeza'. É algo demasiadamente profundo, como acabo de dizer, um real bem interessante.

Admito que o primeiro arco do mangá não chamou-me tanta atenção seja por enredo ou pelas personagens puramente falando, e sim, a arte adjunta da escrita emocional acompanhada delas.
Inegavelmente, não há nada mais interessante no mangá que as emoções presentes e as relações que elas geram.

Exemplo da arte e do impacto dela nas personagens.
Bem, à partir de agora falarei um pouco sobre o segundo arco do mangá, que é quando passei a ter mais interesse pelos elementos que reclamei acima. Se não estás para ler o mangá e não quiseres spoiler, apenas role até onde indico o fim dos spoilers (não haverão imagens com spoilers) e prossiga sua leitura. Para ir direto a parte onde os spoilers terminam, dê ctrl+f e escreva "fim dos spoilers" (retirando as aspas, claro! 😉).

INÍCIO DOS SPOILERS!


O primeiro arco é encerrado com Nakamura e Takao assumindo tudo que haviam cometido publicamente, e logo após, cometeriam um duplo suicídio incinerando o festival que ocorria na cidade.
Mas, subitamente, Nakamura empurra Takao para ele não ir junto com ela, mas acaba que a mesma também é capturada.

Com a cidade sabendo de seus crimes, não restavam aos seus pais nenhuma outra opção:
Separar os dois e mudarem-se para cidades distantes sem saber o paradeiro um do outro.

Tempo passa, Takao já estava em outra cidade cursando o Ensino Médio, razoavelmente adaptado, com novos amigos, mas tornando-se vazio, nota-se claramente que ele perdeu suas emoções ou qualquer vontade de viver após o ocorrido. 
O interesse pela leitura havia sumido após juntar-se à Nakamura, então nem isso ele tinha para fazer.

Mas tudo mudaria com um certo evento, ao passar por uma livraria, encontrou uma colega de sua escola (Tokiwa Aya) pegando justamente seu livro favorito (Les Fleurs du Mal) e então, assim nasceria uma estranha amizade.

De início, ele apenas pegava livros emprestado dela enquanto a passava recomendações, mas isso foi mudando. Repentinamente começou a retornar com sua fome por leitura e por fim passou a sentir alguma forma de paixão por ela, apesar de Tokiwa possuir um namorado.



A relação dos dois desenvolve-se de uma forma bastante interessante. Tokiwa era insegura em seu namoro, pois ao fundo, não sentia afeto pelo parceiro e Takao (ainda que internamente) possuía as memórias de sua antiga cidade, principalmente de Nakamura e Saeki.

Essa relação ajuda o guri a construir uma nova personalidade (de certa forma) para substituir sua antiga, tal como Tokiwa a passa a descobrir mais sobre si.

Durante esse intervalo de amizade, diversos eventos ocorrem, inclusive ele encontra Saeki, sua ex-namorada e Vênus na rua, descobrindo que moravam próximos e acabam conversando entre si;
Ele conhece os amigos e o namorado de Tokiwa;
E sobre as pessoas da cidade.

Obviamente, as coisas transformam-se e ambos passam a ter afeto mútuo (e bizarro, digo particularmente) entre si, resultando em um novo namoro.

Mas Nakamura, mesmo que pouco, existia dentro de Takao, seja como um empecilho no namoro ou sua vida.


No fim, precisando retornar à cidade natal para o enterro de seu avô, corajosamente ele enfrentou o que havia deixado para trás e buscou descobrir onde estava aquela que buscava.



E, sim, eles se encontram. Acompanhado de Tokiwa, os três conversam.
Agora, porém, não existe mais aquele sentimento de antes, aquela relação obscena e violenta do início morreu, e essa cena comprova isso.



 

Antes de começar o encerramento do post, gostaria de fazer um comentário (talvez óbvio), algo que concebi através de minha leitura que pode estar correto ou não. É algo que eu poderia verificar pela internet, mas não me é interessante fazê-lo, mas digam-me que acham de todo modo.


Enfim, que quero dizer tem haver com esse arco final do encontro com a Nakamura.
Se analisarmos o diálogo dela, as ações e o que a arte revela-nos, ela ficou retardada, literalmente, não estou caçoando. Escolhi essa foto justamente para reforçar o que digo. E os fatos são claros, deixar sua vida fácil e livre com o pai para viver isoladamente com a mãe, que é citada pelo mesmo como "de temperamento/personalidade igual a da filha", imagino que houve uma possível relação de dominância e conflitual entre as duas, isso sem contar que a rapariga deve ter passado por diversos tratamentos clínicos (terapia, psicóloga, etc...) devido aos atos de rebeldia dela, que independente do lugar no planeta (seja no real ou, na maioria das vezes no fantasioso também) é repreendido fortemente. Por isso ela não soube explicar para Takao porquê o empurrou (apesar de que dá para descobrir isso com uma leitura reforçada - atenção - no capítulo do evento, mas isso deixo que descubram sozinhos), suas frases simples e com atos totalmente pacifistas, radicalmente diferente do que ela era anteriormente. Eu diria que a organização do cabelo é outro fator, mas não afirmo com certeza.


Com todo mundo (teoricamente) feliz, temos o encerramento do segundo arco do mangá e o abrimento de um epílogo com duração de 2 capítulos, mostrando um pouco da vida adulta do Takao e sua namorada quase para noiva (Tokiwa - obviamente - e, que no decorrer do epílogo casa-se e tem um filho com ele), além de cenas mudas mostrando o restante dos personagens-chave.

O capítulo restante, de número 57, nada mais do que uma demonstração de como a Nakamura sentia-se na primeira cena do mangá. É interessante de se ver.






FIM DOS SPOILERS



Vale a pena ler? Vale sim, bastante.
O mangá tem algumas falhas, que são compensadas com o tempo. Não é nada genial, mas também não é qualquer coisa.

Como dizem as nossas ótimas scanlators caseiras: "É realmente algo" (vou te contar, essas traduções literais me deprimem demais -.-)

Temos um enredo mediano que vai gradualmente tornando-se bacaninha, uma leitura muito fluída, personagens que não se destacam tanto, mas possuem uma construção decerto adequada e diria que o mais chamativo é o traço.

Bem, para encerrar, darei minha nota para alguns pontos de destaque do mangá:

Ambientação: 8,8
Arte Visual: 9,0.
Conceitos: 7,0.
Construção de Personagens: 9,0.
Enredo: 8,4.
Personagens: 7,2.

Nota Geral: ~8,23.

Acreditem ou não, essas notas não são aleatórias, cada décimo veio de uma influência grande.

E um BÔNUS:


Aku no Hana tem um anime!

A animação ficou estranha, usaram de uma técnica que não combinou com o conceito original. Eu até gosto dessa técnica, mas não tem nada a ver com Aku no Hana, se fosse um mangá de comédia e com investimento melhor...

O anime não fez sucesso, as vendas de DVD/BD foram uma porcaria e mal passaram de 50 na pré-venda, até cancelaram (os DVDs e a segunda temporada).

Se vale a pena ver, eu não sei. Apenas 13 episódios, para quem curtiu o mangá e tem tempo livre, é uma boa.

Atualmente eu prefiro voltar a publicar cá, então melhor não para mim.

E é isso, digo-lhes adeus por então!

Muito obrigado para quem leu até o final, continuem dando suporte pro blog e não se esqueçam de curtir a página do facebook, tenham um bom feriado!

P.S.: Pretendo fazer uma publicação sobre Persona 5 esse mês, mas ainda não tenho certeza de quando mais exatamente, apenas aguardem!