quinta-feira, 12 de outubro de 2017

SOUL'd OUT - A Alma do J-Hip Hop

Olá, como vão?

Hoje trago um post que foge do padrão do blog, mas não tanto, sobre uma banda japonesa chamada SOUL'd OUT.

Primeiro CD do grupo.
Diferente do post sobre Queen, este será um pouco mais curto. Não falarei sobre a vida pessoal dos membros do grupo e não citarei muito sobre as letras das músicas, pois essas informações só podem ser encontradas em sites Japoneses, então eu gastaria horas de meu tempo tentando traduzir de forma razoável (mesmo com ajuda de alguns contatos meus) e ficaria algo mecânico, Queen eu já conhecia há bastante tempo, então basicamente só precisei buscar ano de publicação dos Álbuns, pois até sobre os membros eu tinha um bom conhecimento. Logo, falarei mais sobre minhas experiências ouvindo o grupo.

Sem mais delongas, vamos ao post!


SOUL'd OUT é um grupo de J-Hip Hop (Como o nome diz, um hip hop originado do Japão) que teve sua origem em 1999 e encerrou-se em 2014, através de um anúncio em sua página oficial do Facebook, pois um dos membros precisava sair por motivos pessoais. O grupo foi formado de 3 membros, Diggy-MO' (Main MC), Bro.Hi (Back MC/Human Beat Box) e Shinnosuke (Trackmaster/Compositor). Após o dissolvimento do grupo, Diggy-MO' passou a seguir carreira solo integralmente (futuramente pretendo fazer um post sobre essa carreira solo dele, mas não aguardem nada).

Conheci o grupo em meados de 2015, geralmente na minha aula de informática da escola eu jogava um MUGEN de JoJo com alguns colegas da escola, e entre as BGMs do jogo, haviam algumas músicas do grupo. Escutei-as, acabei gostando e resolvi procurar algumas outras deles pelo Youtube, algo que não me arrependo, pois fiquei extremamente viciado com elas.

Mas, basicamente era só isso, escutava algumas músicas deles no telefone, mas não havia parado para pesquisar muito do grupo, com exceção de algo que falarei mais a frente.

O interesse neles veio há mais ou menos uma semana, quando estava testando o Spotify do PS4, resolvi ver se haviam músicas deles por lá e achei algumas novas não deles, mas sim do Álbum mais recente do Diggy-MO', chamado "Bewitched". Ouvi algumas músicas e já estava gostando bastante, o que me deu vontade de voltar a ouvi o grupo com frequência (o que estou a fazer neste momento), foi aí que descobri que eles não estavam mais reunidos e que o MAIN MC estava seguindo solo.

Fiquei meio chateado, mas aí pensei: "Bem, eles não lançaram mais músicas novas juntos, mas eu posso ouvir as antigas". E foi o que fiz, comecei a pesquisar e achei diversas músicas interessantes.
Interessantes é eufemismo, pois elas conseguiram fazer Yes cair pro post de terceira banda favorita do editor aqui.

Capa do Álbum Starlight Destiny.
A banda possui músicas com os mais variados ritmos e temas, além de terem possuído uma notável influência na Cultura POP japonesa, músicas do grupo foram usadas como temas de muitos animes e novelas/seriados japoneses. 

Agora vamos para as músicas:
Escolhi cinco. Não são necessariamente as 5 melhores e nem as que mais gosto, tal como a ordem não é importante. Apenas tentei selecionar as 5 melhores para iniciar-se com o grupo.


VOODOO KINGDOM possivelmente é a música mais conhecida do grupo, lançada no single GROWN KIDZ/VOODOO KINGDOM para ser tocada como encerramento no lendário filme de Phantom Blood, a primeira Parte de JoJo's (do que eu sei do filme - já que não é possível encontrá-lo em lugar algum - é a única coisa boa dele, junto do traço).

O interessante da música, é a letra: ela é feita na perspectiva do Dio, antagonista principal de PB.
Para não deixar o post muito grande, aqui vai um link com a letra da música em Ideograma, Romanji e Inglês: http://jojo.wikia.com/wiki/VOODOO_KINGDOM

Aproveitando, esse não é o único contato oficial da franquia com a banda, já que é um dos poucos grupos nacionais (japoneses) que Araki-sensei realmente é fã, o mangá contém algumas referências à banda, tal como o personagem da parte 7 (Steel Ball Run), Magenta Magenta. Da mesma forma, eles também curtem o mangá.

Magenta Magenta de JoJo.
Ele também desenhou a capa do Single Catwalk:


Indo para o primeiro álbum deles, de nome homólogo ao do grupo, SOUL'd OUT.
Mostro-lhes minha música favorita do grupo:


Livin' for Today é sensacional, possui um ritmo muito agradável, belíssimo, com vários instrumentos diferentes de fundo (pelo menos ao gênero) e o vocal não decepciona nada, pelo contrário.
Gostaria da letra em Romanji se alguém puder disponibilizar-me, pois só a tenho em Ideogramas (isso é fácil de achar). As partes em inglês já me impressionam demasiadamente.

Escutem essa, creio que não haverá arrependimento para quem curte o gênero (não agrada a todos, mas quem gosta, gosta muito!).

Antes de prosseguir a próxima, gostaria de mencionar a genialidade das capas dos Singles/Álbuns. Todas são compatíveis com o conteúdo que apresentam, apesar dos curiosos nomes.
Demonstram como o processo de ocidentalização do Japão funcionou de forma boa, sem ser anti-nacionalista e alterar a personalidade única do país, diferente do que o ocorre na Coréia do Sul, principalmente para os adeptos de K-POP (tanto como gênero musical, como visual).


Prosseguindo, a música acima é Curtain Call. Essa era minha favorita até eu ouvir Livin' for Today, mas ainda sensacional. Gosto do instrumento de sopro (ou seria metal?!) do fundo (acho que é um Sax haha). A voz do Diggy-MO' é bem única, o tom empolgado do som é legal, principalmente no refrão.



Gasoline de início é estranha, mas conforme você escuta, é possível compreender a sonoridade da música melhor. É estranho dizer, porém...ela é diferente e ao mesmo tempo não é.
Existe a essência da banda lá, mas ela foge um pouco de certos padrões de rima das outras músicas.


Para encerrar, Megalopolis Patrol! A música é incrível, bela para encerrar esse tópico. A BGM (Música de fundo) combina bastante com a letra. O Back Vocal foi bem trabalhado, achei fantástico.
Escutem por si e entendam do que estou falando.

 SHOCK YOUR CODE "MEGALOPOLIS PATROL"
直 YOUR SOUL 音響 SPECTRO
SHOCK YOUR CODE "MEGALOPOLIS PATROL"
Yo! Get a taste of S.O wave A-yo S.O space Here we go!

Bem, agradeço a quem leu até o final, mesmo para aqueles que não curtiram a banda de início, é bom experimentar coisas novas! (E novamente, quem não gostou tem mau gosto!!).

Vou indo pessoal, até a próxima, e um ótimo fim de dia das crianças e Nossa Senhora Aparecida para todos!

Abraços.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Aku no Hana - As Flores do Mal


Olá, como vão?

Como de praxe, sumo e reapareço, por várias questões pessoais, falta de um espaço e tempo bacanas para escrever...

Mas enfim, aproveitando o feriado (que é só quinta para mim, já que Sábado tenho aula e-e) e a grande quantidade de ideias fluindo, resolvi trazer coisas novas pro blog!

Hoje falarei sobre um mangá que recentemente li, bem curtinho - Apenas 57 capítulos, totalizando 11 volumes - Como diz o título, seu nome é Aku no Hana. 

Kasuga Takao
Saeki Nanako
Aku no Hana é um mangá Shounen que trabalha com Romance e temas Psicológicos razoavelmente profundos (o suficiente para engajar corretamente na trama).

A história inicia-se quando Kasuga Takao, um jovem amante de leitura, esquece seu livro na sala de aula, e ao adentrá-la para buscá-lo, resolveu bisbilhotar as coisas de Saeki Nanako, garota qual é sua paixão. 
Justo no momento em que pôs suas mãos na roupa de ginástica dela, escuta um barulho e desesperado, enfia as roupas em sua mochila. Um dia após isso, boatos de um "ladrão pervertido" surgem e ele entra em desespero, consumido pela culpa de seu ato.

As coisas tomam um rumo diferente quando, Nakamura, uma colega de classe taxada de 'estranha' alega tê-lo visto cometendo o crime, e em troca de não revelar o que ocorreu, eles teriam de formar um 'contrato'.

Esse contrato, dá a Nakamura certo controle de Kasuga, que usa-o (lê-se, abusa dele) para secretamente cometer diversas ações de cunho duvidoso e de certa forma, perverso (falo no sentido obsceno), ao mesmo tempo em que ele tenta finalmente aproximar-se de sua paixão, ou como ele mesmo refere, sua "Vênus/Musa", Saeki.

Sawa Nakamura.

O primeiro arco do mangá explora não só a relação triangular entre Kasuga e as duas raparigas (note que eu não disse triângulo amoroso, apesar de os sentimentos de Takao serem confusos), mas também algumas questões filosóficas do poeta Baudelaire (não entrarei a fundo sobre isso) e os sentimentos dos personagens em geral, suas personalidades e etc.

A arte do mangá também é muito interessante, possuindo um toque de realidade que entrelaça-se perfeitamente com o roteiro dos personagens, as expressões faciais e demais movimentos corporais deles mostram ao leitor de forma clara e precisa como os personagens estão, não é apenas uma questão de 'alegria ou tristeza'. É algo demasiadamente profundo, como acabo de dizer, um real bem interessante.

Admito que o primeiro arco do mangá não chamou-me tanta atenção seja por enredo ou pelas personagens puramente falando, e sim, a arte adjunta da escrita emocional acompanhada delas.
Inegavelmente, não há nada mais interessante no mangá que as emoções presentes e as relações que elas geram.

Exemplo da arte e do impacto dela nas personagens.
Bem, à partir de agora falarei um pouco sobre o segundo arco do mangá, que é quando passei a ter mais interesse pelos elementos que reclamei acima. Se não estás para ler o mangá e não quiseres spoiler, apenas role até onde indico o fim dos spoilers (não haverão imagens com spoilers) e prossiga sua leitura. Para ir direto a parte onde os spoilers terminam, dê ctrl+f e escreva "fim dos spoilers" (retirando as aspas, claro! 😉).

INÍCIO DOS SPOILERS!


O primeiro arco é encerrado com Nakamura e Takao assumindo tudo que haviam cometido publicamente, e logo após, cometeriam um duplo suicídio incinerando o festival que ocorria na cidade.
Mas, subitamente, Nakamura empurra Takao para ele não ir junto com ela, mas acaba que a mesma também é capturada.

Com a cidade sabendo de seus crimes, não restavam aos seus pais nenhuma outra opção:
Separar os dois e mudarem-se para cidades distantes sem saber o paradeiro um do outro.

Tempo passa, Takao já estava em outra cidade cursando o Ensino Médio, razoavelmente adaptado, com novos amigos, mas tornando-se vazio, nota-se claramente que ele perdeu suas emoções ou qualquer vontade de viver após o ocorrido. 
O interesse pela leitura havia sumido após juntar-se à Nakamura, então nem isso ele tinha para fazer.

Mas tudo mudaria com um certo evento, ao passar por uma livraria, encontrou uma colega de sua escola (Tokiwa Aya) pegando justamente seu livro favorito (Les Fleurs du Mal) e então, assim nasceria uma estranha amizade.

De início, ele apenas pegava livros emprestado dela enquanto a passava recomendações, mas isso foi mudando. Repentinamente começou a retornar com sua fome por leitura e por fim passou a sentir alguma forma de paixão por ela, apesar de Tokiwa possuir um namorado.



A relação dos dois desenvolve-se de uma forma bastante interessante. Tokiwa era insegura em seu namoro, pois ao fundo, não sentia afeto pelo parceiro e Takao (ainda que internamente) possuía as memórias de sua antiga cidade, principalmente de Nakamura e Saeki.

Essa relação ajuda o guri a construir uma nova personalidade (de certa forma) para substituir sua antiga, tal como Tokiwa a passa a descobrir mais sobre si.

Durante esse intervalo de amizade, diversos eventos ocorrem, inclusive ele encontra Saeki, sua ex-namorada e Vênus na rua, descobrindo que moravam próximos e acabam conversando entre si;
Ele conhece os amigos e o namorado de Tokiwa;
E sobre as pessoas da cidade.

Obviamente, as coisas transformam-se e ambos passam a ter afeto mútuo (e bizarro, digo particularmente) entre si, resultando em um novo namoro.

Mas Nakamura, mesmo que pouco, existia dentro de Takao, seja como um empecilho no namoro ou sua vida.


No fim, precisando retornar à cidade natal para o enterro de seu avô, corajosamente ele enfrentou o que havia deixado para trás e buscou descobrir onde estava aquela que buscava.



E, sim, eles se encontram. Acompanhado de Tokiwa, os três conversam.
Agora, porém, não existe mais aquele sentimento de antes, aquela relação obscena e violenta do início morreu, e essa cena comprova isso.



 

Antes de começar o encerramento do post, gostaria de fazer um comentário (talvez óbvio), algo que concebi através de minha leitura que pode estar correto ou não. É algo que eu poderia verificar pela internet, mas não me é interessante fazê-lo, mas digam-me que acham de todo modo.


Enfim, que quero dizer tem haver com esse arco final do encontro com a Nakamura.
Se analisarmos o diálogo dela, as ações e o que a arte revela-nos, ela ficou retardada, literalmente, não estou caçoando. Escolhi essa foto justamente para reforçar o que digo. E os fatos são claros, deixar sua vida fácil e livre com o pai para viver isoladamente com a mãe, que é citada pelo mesmo como "de temperamento/personalidade igual a da filha", imagino que houve uma possível relação de dominância e conflitual entre as duas, isso sem contar que a rapariga deve ter passado por diversos tratamentos clínicos (terapia, psicóloga, etc...) devido aos atos de rebeldia dela, que independente do lugar no planeta (seja no real ou, na maioria das vezes no fantasioso também) é repreendido fortemente. Por isso ela não soube explicar para Takao porquê o empurrou (apesar de que dá para descobrir isso com uma leitura reforçada - atenção - no capítulo do evento, mas isso deixo que descubram sozinhos), suas frases simples e com atos totalmente pacifistas, radicalmente diferente do que ela era anteriormente. Eu diria que a organização do cabelo é outro fator, mas não afirmo com certeza.


Com todo mundo (teoricamente) feliz, temos o encerramento do segundo arco do mangá e o abrimento de um epílogo com duração de 2 capítulos, mostrando um pouco da vida adulta do Takao e sua namorada quase para noiva (Tokiwa - obviamente - e, que no decorrer do epílogo casa-se e tem um filho com ele), além de cenas mudas mostrando o restante dos personagens-chave.

O capítulo restante, de número 57, nada mais do que uma demonstração de como a Nakamura sentia-se na primeira cena do mangá. É interessante de se ver.






FIM DOS SPOILERS



Vale a pena ler? Vale sim, bastante.
O mangá tem algumas falhas, que são compensadas com o tempo. Não é nada genial, mas também não é qualquer coisa.

Como dizem as nossas ótimas scanlators caseiras: "É realmente algo" (vou te contar, essas traduções literais me deprimem demais -.-)

Temos um enredo mediano que vai gradualmente tornando-se bacaninha, uma leitura muito fluída, personagens que não se destacam tanto, mas possuem uma construção decerto adequada e diria que o mais chamativo é o traço.

Bem, para encerrar, darei minha nota para alguns pontos de destaque do mangá:

Ambientação: 8,8
Arte Visual: 9,0.
Conceitos: 7,0.
Construção de Personagens: 9,0.
Enredo: 8,4.
Personagens: 7,2.

Nota Geral: ~8,23.

Acreditem ou não, essas notas não são aleatórias, cada décimo veio de uma influência grande.

E um BÔNUS:


Aku no Hana tem um anime!

A animação ficou estranha, usaram de uma técnica que não combinou com o conceito original. Eu até gosto dessa técnica, mas não tem nada a ver com Aku no Hana, se fosse um mangá de comédia e com investimento melhor...

O anime não fez sucesso, as vendas de DVD/BD foram uma porcaria e mal passaram de 50 na pré-venda, até cancelaram (os DVDs e a segunda temporada).

Se vale a pena ver, eu não sei. Apenas 13 episódios, para quem curtiu o mangá e tem tempo livre, é uma boa.

Atualmente eu prefiro voltar a publicar cá, então melhor não para mim.

E é isso, digo-lhes adeus por então!

Muito obrigado para quem leu até o final, continuem dando suporte pro blog e não se esqueçam de curtir a página do facebook, tenham um bom feriado!

P.S.: Pretendo fazer uma publicação sobre Persona 5 esse mês, mas ainda não tenho certeza de quando mais exatamente, apenas aguardem!




domingo, 2 de julho de 2017

Shin Megami Tensei: Persona 3

Olá pessoal, tudo bem com vocês?


É, faz um tempo que não publico nada aqui...tenho minhas desculpas, mas vamos direto ao assunto dessa vez!




Para quem não conhece, Shin Megami Tensei é uma franquia bem antiga de J-RPGS criada pela ATLUS (atual subsidiária da SEGA, na época da NAMCO) em 1992, começando com o título Megami Tensei.

SMT gerou vários galhos, e deles veio SMT IF... que serviu de base para a franquia Shin Megami Tensei: Persona, atualmente conhecida apenas por Persona.

Personagens de SMT - IF...
Mas enfim...eu vim falar do quarto título principal da franquia (Sim, quarto. Persona 2 possuí dois jogos completos, que apesar de terem os mesmos personagens, são histórias distintas).
Persona, tal como SMT, é um jogo que nos permite começar por praticamente qualquer título da franquia. Apesar de eu ter começado por Persona 1, acabei deixando de lado por um tempo e fui jogar o 3, já que meu amigo que recomendou a franquia estava jogando esse.

Capa da versão original do jogo no Japão.
Antes de tudo, digo que Persona 3 possui versões, mas não há necessidade de explicar isso agora, então fica para o final do artigo.

A história do jogo inicia-se quando o protagonista está sendo transferido para um dormitório em Tatsumi Port Island, a cidade onde o jogo se passará. 

O protagonista vai pegar um trem para chegar em seu destino, e durante a transição de cena uma garota apontando uma arma para a cabeça e, aparentemente, tentando se matar aparece.

Conforme ele anda pela cidade, o jogo pode perceber que há algo de estanho ocorrendo. Alguns túmulos no chão, e a cidade lembra um pouco um cenários de post-punk, mas nada demais.

Ao chegar no dormitório, ele é recebido por um garoto vestido com roupas listradas, que parecem uma mistura de roupa de prisoneiro com pijamas. O guri entrega uma prancheta para o protagonista e pede-o para assinar seu nome, assim concordando com os termos do contrato, que seriam "Você é total e unicamente responsável pelas suas ações e conclusões delas".

É aí que colocamos o sobrenome e nome do nosso personagem, e então, o guri desaparece...por enquanto.

Apenas por nota, Minato Arisato é o nome do protagonista no mangá de P3, sendo um dos nomes semi-canônicos dele, e a forma que os fãs, tal como eu, costumam reconhecê-lo.

Após isso, somos surpreendidos por uma garota com uma arma na cintura (a mesma de antes).
Ela age como se estivesse para fazer algo, mas então é interrompida por uma outra, de cabelo vermelho.
Após sua chegada, ambas personagens se apresentam, sendo elas respectivamente Yukari Takeba e Mitsuru Kirijo.
O jogo nos permite dar respostas diferentes muitas vezes, que podem ou não alterar algo, seja a curto ou longo prazo.
Como podem ver na imagem acima, temos um indicador "next: 2" e do lado uma bola amarela, que é a fase atual da Lua, algo importante nesse jogo. O número é quanto falta para a próxima fase (no caso a Lua Cheia completa)... Já falaremos sobre isso.

Os próximos dois dias são basicamente para o jogador ser introduzido na escola privada Gekkoukan e a alguns aspectos da cidade, além do Dormitório, incluindo mais dois personagens, o Akihiko Sanada, que também fica lá (ele é da classe de aula da Mitsuru) e o Ikutsuki, responsável pelo mantimento do Dormitório, aparecendo vez ou outra.

No dia seguinte, durante a noite, vemos uma cena onde um homem andava pela rua durante às onze horas, mas ao dar meia-noite, percebe que muitas pessoas ao redor tornaram-se caixões e então ele desmaia aterrorizado.
Após isso, vemos outra cena, onde Mitsuru e Ikutsuki estão em algum lugar do dormitório com vários monitores, um mostrando o protagonista dormindo em seu quarto. Ele explica o que aconteceu. 
Um conceito muito importante nesse Persona é a Dark Hour. Entre às 23:59 e 00:00, uma hora oculta ocorre, e apenas alguns são capazes de "experienciá-la", os outros se transformam em caixões.

The Hidden Hour.
Como o protagonista continuou em sua forma humana, significa que ele é capaz de vivenciá-la sem problemas, apesar de estar dormindo, o que significa que ele pode ter o "potencial".


Após a explicação, uma cutscene animada começa, mostrando um personagem sentado com uma mulher ao seu lado, de pé.

Então vemos o protagonista sentado em uma cadeira próxima a uma mesa, onde do outro lado estão o homem e a mulher.  Ele se apresenta como Igor e diz que a moça é sua assistente, chamada Elizabeth e que a sala chama-se Velvet Room. Ele diz que fazem anos que não possuem um convidado na Velvet Room, mostra o contrato e logo após dizer que devemos seguir o contrato corretamente e dar-nos a chave da sala, acordamos.




O contrato que assinamos no início do jogo.
Bem, no dia 4/9 (9 de abril, a data é invertida por causa do tipo de data usada nos EUA), especificamente durante a noite, somos acordados pela Yukari, dizendo que estamos sendo atacados por algo.

Yukari e o protagonista tentam correr para se salvar e acabam no terraço do Dormitório, encontrando justamente o que fugiam de.

Uma criatura gigantesca, chamada de Shadow aparece! Yukari pega a "arma", mas não consegue usá-la e acaba derrubada pelo inimigo, deixando o item cair.

Sem opções, nosso personagem a pega e atira na própria cabeça instintivamente, como se estivesse "possuído", e então...aquilo não era uma arma...Quando ele o faz, uma espécie de espírito surge!

"I am thou...Thou art I...From the sea of thy soul, I come...I am Orpheus, master of rings..."


Mas, em poucos instantes outra criatura sai de dentro dele e o destrói!?
Este novo espírito ataca a Shadow, a deixando em poucos pedaços.

Após isso, ele se transforma de volta em Orpheus, o primeiro espírito...o que será que ocorreu? 
Bem, só jogando pra saber :X

Despertar de Orpheus no P3!

Quando o inimigo é decepado, 2 ou 3 inimigos (que parecem mini versões dele) nos atacam.
É a primeira batalha do jogo, onde somos introduzidos ao básico do sistema de turnos e etc, bem mole mesmo.

Batalha encerrada e o protagonista desmaia, acordando alguns dias depois no hospital, com a Yukari lá. Ela então explica algumas coisas simples, e deixa o mais importante para a Mitsuru e Ikutsuki, incluindo nosso poder especial, chamado de Persona, uma espécie de espírito que invocamos para enfrentar as Shadows

Algumas coisas a mais são introduzidas, e entre elas o Tartarus. Durante a Dark Hour, a escola Gekkoukan se transforma em uma enorme torre que pode ser vista por toda cidade, onde habitam Shadows de diversas formas, tamanhos e forças.

Nosso objetivo inicialmente é explorá-lo e tentar alcançar seu topo, para que supostamente, possamos acabar com a Dark Hour.

Persona 3 é um jogo bem interessante, não é muito difícil, contato que você uppe direitinho (Aconselho sempre chegar ao lugar mais alto do Tartarus que o jogo te permitir antes da Lua Cheia. Não se preocupem que entenderam isso. Se conseguirem chegar nas partes bloqueadas sem muitas dificuldades, estarão fortes para o próximo Boss), com uma bela história bem complexa e diferente, muitos personagens interessantes, além de você estar em uma atmosfera que te captura de forma, que o te sentirás lá dentro.

Alguns personagens do jogo.
Não posso esquecer de explicar um dos conceitos que esse jogo trouxe a franquia que são bem únicos.

Os Social Links. No jogo, você é capaz de criar laços com alguns personagens que você conhece, sejam eles da escola, do dormitório ou de outros variados lugares que podemos ir na cidade.

Cada um deles é representado por uma Arcana do baralho de Tarô, e contendo uma história que ocorre em paralelo ao jogo, quase como uma side-quest. Ele progredirá do nível 1 ao 10 (max), e para aumentá-lo, basta passar tempo (dentro do mundo do jogo) com aquele personagem, cumprir alguns requisitos especiais e dar as respostas adequadas para que aquele laço não se quebre.

Como recompensa, além de tirar o cansaço de ficar na mesmice do Tartarus, complementar a história e Iore do jogo, teremos acesso a benefícios especiais relacionados àquela Arcana que o personagem representa.

Eu os acho um conceito muito interessante, pois ele realmente mostra-nos como seria a vida de um estudante com as responsabilidades do protagonista. Ou seja, saber equilibrar a batalha dele com os estudos e etc, coisa que é mais difícil que parece. Dependendo das escolhas que fazemos no jogo (e nos próprios SL), teremos acessos a possibilidades diferentes, que tornam nossa experiência bem única em relação de um jogador ao outro, mesmo sendo um único jogo.

Social Link da protagonista feminina de Persona 3.
Na imagem acima eu disse sobre uma personagem feminina, então, vamos a explicação das versões.

Persona 3 possui 3 diferentes versões, sendo elas:

Persona 3 (Vanilla, a original): lançado para o PS2 em 2006, é a versão do jogo sem nada de mudanças, zero-bala mesmo. Você definitivamente não precisa jogá-la.

Persona 3 FES: lançada em 2007 para o PS2 (disponível também na PSN do PS3 e com boatos de chegar na do PS4), é a versão original atualizada com o que foi cortada da edição original (algumas cenas, um social link extra e alguns Personas) um epílogo extra, chamado de The Answer, que conceitualiza o final de Persona 3 e o explica de forma completa, além de introduzir uma ou outra coisinha.

Persona 3 Portable: lançada em 2011 para o PSP (disponível na PSN do VITA também), é uma versão refeita do Persona 3 FES, mas sem o The Answer e simplificada graficamente, por causa do hardware (a história do jogo funciona com Visual Novel, você só lê e escolhe as opções de resposta, ao invés de andar pela cidade, você clica nos pontos dela que quer ir, apenas no Tartarus é capaz de movimentar e controlar o personagem normalmente). Para compensar essas limitações, foram adicionados novos Personas, alguns NPCs, itens, e um ou outro conceito mais simples do P4, como a defesa em batalhas, já que essa versão do 3 saiu depois do 4 original e uma coisa bem especial: a possibilidade de jogar com uma protagonista feminina, que implica em pequenas mudanças na história e Social Links.

Qual versão eu recomendo?

Então, a original como disse acima é descartável, só serve se você comprar a versão especial dela que vem com a soundtrack do jogo haha, mas aí é pra coleção mesmo.

O Persona 3 FES é melhor se você estiver com mais tempo sobrando e preferir interagir mais com o cenário, igual a mim. O The Answer, sinceramente, é descartável para jogar. É basicamente só luta, fica chato. Mas a história do TA é ótima, recomendo que assistam as cutscenes e batalhas principais (BOSSES) no youtube para não perderem tempo a toa.

O Persona 3 FES Portable é melhor se você estiver com pouco tempo (por ser de PSP, você pode jogar onde quiser, dá até para emular no telefone). Estou jogando-a agora com a personagem feminina (joguei o FES ano passado) e é muito boa, apesar de eu sentir falta da interação maior com o cenário. Se você gosta de jogos em estilo de VISUAL NOVEL, comece por essa.
Mas não coloque a protagonista feminina como motivo para jogá-la primeiro, pois o próprio jogo a recomenda para quem já jogou o jogo inteiro pelo menos uma vez.
"Memento Mori. Remember you will dire. Remember your death".


ACIMA DE TUDO: Joguem ambas, pois a experiência sai mais completa assim, ao menos no caso do Persona 3. 

Enfim, Persona 3 é um jogo fantástico, aqui deixo meus pontos acerca dele:

Prós:

- Ótima história;
- Fantástica Soundtrack;
- Personagens muito bem construído e com desenvolvimento excelente;
- Conceitos originais;
- Atmosfera de jogatina que prende;
- Dois finais (O Bad Ending e o Good/True Ending, esse que é complementado pelo The Answer);
- Visualmente envelheceu bem, então mesmo com os gráficos da sexta geração, o jogo continua bonito.
Contras:

- O Tartarus é muito cansativo, enjoa bastante como dungeon;
- A necessidade de jogar a versão FES e Portable para experienciar o jogo de forma mais completa, apesar de não ser culpa da ATLUS. Isto poderia ser resolvido com um futuro e distante remake.
- Ikutsuki. (Brincadeira :P)

Bem, antes que eu me esqueça, depois de o jogarem assistam a quadrilogia de filmes (Spring of Birth) e os especiais em anime. Mas é melhor jogar antes mesmo, porque eles não oferecem quase nada da experiência do jogo (vi o primeiro e segundo filme com um amigo e estamos para ver o restante, são bacanas, mas não sentimos o mesmo que jogando, até porque eles são um pouco corridos. Imagine para quem não jogou...).

E fico por aqui, obrigado por lerem! Deixem suas opiniões nos comentários e não se esqueçam de deixarem o like na nossa página do Facebook, caso não o tenha feito: https://www.facebook.com/oneleigan/.

P.S.: Aqui alguns links úteis, na ordem: a abertura de P3, de P3FES, de P3P e uma playlist com a história do The Answer para assistirem depois de terem jogado o jogo. 😁.
...E créditos ao canal do The Man Cave, pois tirei screenshot de um vídeo dele (https://www.youtube.com/watch?v=6VRPffal-7w) que eu não consegui achar só pesquisando no google imagens!

















Prison School

Olá, como vão?


Hoje venho falar de um mangá que comecei a ler alguns meses atrás, Prison School.

O mangá me foi apresentado por um amigo há quase uns dois anos, mas nunca tive muito interesse em lê-lo/vê-lo por um fator bem simples: Ecchi.

Quem me conhece sabe que eu abomino esse gênero, são pouquíssimas as obras ecchi que me despertam algum interesse. (A maioria dos ecchi é bem forçado, carecendo de qualidade no roteiro, mesmo que a arte ((talvez)) seja boa).

Enfim, eu estava entendiado, e decidi apostar no mangá, na verdade nem me lembro o que me motivou a ler haha. Não me arrependo de ter começado, valeu bastante.

Mas vamos falar mais sobre...

Capa do primeiro volume.

Prison School começou a ser publicado na Weekly Young Magazine da editora Kodansha em 7 de fevereiro de 2011.

A história começa quando uma instituição educacional somente para garotas, decidi aceitar que garotos se matriculassem também.

Até aí ok, mas apenas cinco garotos resolveram ingressar, contra cerca de 1000 garotas.

As criaturas espertas decidiram montar um plano para espiar o banheiro feminino e foram capturados, uma cena bem engraçada que é melhor vocês lerem do que eu explicar...

Como punição, eles deveriam passar um mês na Prisão da escola (daí o nome do mangá).

Nessa Prisão, eles são obrigados a fazer alguns trabalhos pesados e assistir as aulas pela TV, com comida bastante regulada e horários fixos. Além de serem bastante maltratados pelas membros do Conselho Estudantil (que são grandes filhas da mãe...).

O primeiro arco do mangá foca na "sobrevivência" dos jovens, e eventuais necessidades de fugas rápidas da prisão (não entrarei em detalhes), que caso eles sejam pegos, triplicaria a pena.

Os protagonistas.
Antes que eu me esqueça, agora falemos dos principais:

Kiyoshi Fushino: é o protagonista com mais foco na história, possui um papel de líder, sendo aquele que não deixa seus desejos tomarem sua mente, sendo um pouco mais calmo e responsável (obviamente) pelas decisões de planos. Ele também narra boa parte do mangá.

Takehito Morokuzu: é o mais inteligente do grupo, além de ser (na minha opinião) o mais engraçado. Ele é meio Otaku, adora colecionar figuras de ação de ROBÔS GIGANTES (piada interna) e passa bastante tempo na livraria lendo coisas relacionadas aos seus hobbies. De certa forma, ele é o coração dos prisoneiros.

Jouji Nezu: também conhecido pelo seu apelido, Jô, é o mais quieto, porém mais devasso do grupo. Seus hábitos são bem peculiares (destacando-se pela sua criação de formigas). Possui uma doença estranha que o faz tossir bastante, as vezes saindo sangue, o que atrapalha sua comunicação as vezes.

Shingo Wakamoto: pessimista, é um pouco arrogante e narcisista, as vezes auto-confiante demais, porém é um dos mais leais (apesar de as vezes ser hipócrita quanto a isso). Nada a se destacar.

Reiji Andou: chamando de "André", definitivamente é o mais estranho. Reiji é masoquista, possui uma aparência bem diferenciada e age por impulso demais, porém não deixa de ser um belo alívio cômico.

 

Prison School é um mangá bem interessante por ser uma leitura bastante fluída, as vezes você lê vários capítulos de uma vez só sem perceber. Achei muito interessante como os protagonistas que não se gostavam muito (de certa forma se viam como inimigos) construíram uma amizade que os fez como um só, tentando aguentar a tortura da Prisão.

Em geral, o mangá é bem engraçado e tem uns momentos de tensão muito interessantes.


Deixarei aqui 5 prós e cons:

Prós:

- Bastante engraçado, muitas cenas me fizeram rir bastante.
- Os protagonistas possuem um desenvolvimento bacana e não obscurecem um ao outro nesse quesito.
- O traço realista cria algumas cenas medonhas. E isso não é um contra, combina bastante com a atmosfera da Prisão.
- Gera um certo hype, que faz o leitor devorar o primeiro arco rapidamente.
- Apesar de possuir um Ecchi forte, a leitura é divertida, então algumas pessoas (como eu) até esquecem que ele existe. (O Ecchi também é um contra, como falo abaixo).

Contras:

- Muitas cenas poluídas. Itens demais em uma única página.  
- Tem momentos que os personagens mudam de face muito rapidamente, com explicações bobas para a mudança e o retorno ao normal também não faz sentido.

Os três próximos contras são para o arco 2, que é o que eu pausei minha leitura. Eles podem ser considerados spoilers leves, mas achei melhor falar deles do que outros contras...

- Roteiro repetitivo, parece que estão tentando reconstruir o primeiro arco mas falharam miseravelmente, não ficou legal. A transição entre o primeiro e segundo arco foi bem bosta.
- Estão apelando demais para o Ecchi, fica muito cansativo, não está nada parecido com antes. Tem cenas bem pesadas para quem não curte o gênero, isso me desanimou bastante quanto a leitura.
- A amizade dos cinco ficou abalada por bobeiras sem sentido, se pensarmos no que eles firmaram no primeiro arco. Sério, brigas que não tem sentido algum.


No mais, é isso, galera. Vale a pena ler? Sim, pelo menos o primeiro arco.

O dia que eu retomar o segundo atualizo aqui falando o que achei (sem spoilers, claro).

Valeu, e até mais!



P.S.: Esse post demorou, mas eu o tinha começado antes de entrar em hiato com o blog, por isso nem comentei nada. Mas no post seguinte eu mencionei meu desaparecimento, como sempre.

domingo, 19 de março de 2017

REAL - Uma nova visão do Basquete

Olá, tudo bem com vocês?

Para quebrar esse pequeno "hiato" de publicações, venho aqui com um post de um mangá que comecei a ler recentemente e estou gostando bastante: REAL.

Capa do primeira volume.
Ando cheio de ideias para publicações no blog, mas sempre fica a dúvida de como desenvolvê-las, é complicado haha. Mas podem esperar uma postagem atualizada sobre o anime de Yu Yu Hakusho e uma sobre o mangá Blade - A lâmina do Imortal. O primeiro eu já fiz uma publicação, que é inclusive a mais popular do blog aparentemente (até porque o blog carrega o nome de uma técnica da obra hehe). Sobre ela, por diversos motivos não me agradou tanto o resultado final, já faz um tempo que a publiquei, li o mangá recentemente...enfim, há vários motivos para uma versão mais séria e atualizada. Já sobre Blade, eu venho querendo fazer tal publicação desde 2015, mas é um mangá que para mim é difícil desenvolver uma publicação bacana ainda, pretendo relê-lo e daí faço!

Continuando, sempre imaginei que minha primeira publicação do Inoue aqui no Blog seria sobre Vagabond, que foi um mangá de enorme impacto da  minha vida, me passou vários ensinamentos, me deu mais interesse em Samurais, me introduziu mais ainda no mundo dos mangás...é um título que "amo muito". Mas aí está outro motivo para eu demorar MAIS para falar sobre, não posso cometer um erro ao falar de um título que gosto tanto...

Enfim, sem mais delongas, vamos falar sobre esse mangá chamado Real.

Real é um mangá um pouco diferente - é uma narrativa de um esporte (no caso o Basquete) com deficientes.
Takehiko Inoue, seu autor, já publicou um mangá desse esporte, que inclusive fez bastante sucesso, sendo o nono mangá mais vendido da história (falo de Slam Dunk).

Mas REAL não é só sobre Basquete. É uma história de superação, persistência e trabalho em equipe.

Os  protagonistas da história - Tomomi Nomiya, Kiyoharu Togawa e Hisanobu Takahachi - da direita à esquerda.
"Hã? Como assim? Explique!"

Apesar de o plot do mangá centralizar-se no esporte, o que nos é mostrado é muito mais que isso.

Mas vamos por partes. O mangá tem três protagonistas, os quais citei nas imagens.
Como eles se ligam? A paixão por um esporte: o Basquete.

Tomomi Nomiya é o primeiro personagem apresentado para o leitor.
Fanático pelo esporte desde a infância, conhece diversos jogadores (inclusive todos seus penteados são em homenagem a algum). Jogava na equipe de sua escola como armador, estando em um nível de habilidade muito acima do restante da equipe. Acabou saindo da equipe por causa de seu temperamento agressivo, que resultava em muitas discussões com os outros membros do time.

Após 'largar' o basquete, sua vida começou a piorar. Apenas coisas ruins aconteciam, o desempenho escolar foi de mal a pior, e acabou desistindo depois de um episódio de impacto: uma noite resolveu dar uma saída e convidou uma garota aleatória que encontrou na rua para dar uma volta com ele de moto, e após um acidente, deixou-a paralítica.
Após isso começa a ficar se remoendo como culpado e sua vida se torna um caos.

Kiyoharu Togawa, aparece logo no primeiro capítulo. Nomiya junto de Natsumi (a garota paralítica) foi a uma quadra de Basquete e lá o encontrou, jogando basquete em uma cadeira de rodas.
Togawa era membro da equipe de basquete de cadeira de rodas Tigers, com uma velocidade fora do comum. Nomiya, resolveu desafiá-lo para uma partida rápida. Pôs Natsumi sentada no chão, e mandou Togawa ir para a cadeira de rodas dela, já que ele queria ficar na do seu oponente, que era mais estilosa. No fim, acabou perdendo a partida, mas foi uma experiência proveitosa.

Togawa ficou deficiente após uma um tumor desenvolver-se em sua perna, e para impedi-lo de se espalhar pelo resto do corpo, teve de amputá-la. Isso o deixou frustrado, mas um dia assistiu encontrou os Tigers e então, entrou no time.

Hisanobu Takahachi capitão do time da escola e ex-colega do Nomiya. Fã de basquete desde novo, gostava de jogar com seu pai. Primeiro aluno da turma, popular com todos. Lotado de garotas a sua volta. Gosta de classificar todos em níveis (A à E). Não falarei muito dele, sua história é melhor de se conhecer lendo o mangá.

Real é um mangá diferente.
Primeiramente, pela sua arte:

Inoue sempre impressionando na arte.
Segundo, pela complexidade dos personagens. 
Yamauichi Hidetoshi.
Esse cara da imagem, tem uma doença que aos poucos foi o destruindo: primeiro ele não podia mais andar, e futuramente ficaria de cama só podendo mover a cabeça e os dedos, até que com 20 anos, morreria. 
Mesmo assim, ele continua com pensamentos positivos, sem se deprimir. Ex-membro do Tigers, ele é um dos dois heróis de Togawa.

Terceiro.  A Forma que o mangá trabalha com os sentimentos do leitor.


Conforme fui lendo a obra, como diria o Luan Santana, senti uma Explosão de Sentimentos.
Sabe, você consegue sentir-se de forma profunda na trama. Cada personagem e suas histórias, felizes ou tristes. Alegria, tristeza, alívio, surpresa, raiva, pena, euforia...

Cada capítulo consegue te fazer sentir várias coisas, sejam elas seguidas ou simultaneamente. 
Sensacional.


O mangá é super fluído, li todos capítulos publicados, em dois dias!

(O mangá atualmente tem 14 volumes e 84 capítulos e encontra-se em hiato faz mais de um ano aparentemente, junto de Vagabond, o trabalho principal de Inoue atualmente).

Conclusão: REAL é um mangá incrível, ele nos mostra que independente do desafio, da dificuldade ou situação, um sonho não é impossível. E mesmo que a vida nos tire o que mais amamos, algo que nunca nos imaginaríamos sem, voltar a sorrir e viver não é coisa de outro mundo.


É pessoal, fico por aqui. Até outro dia...espero que tenham gostado do post!

Comentem, compartilhem nas redes socais, deem aquele +1 para me ajudar.
Muito obrigado  por lerem, e, um abraço!