Olá! Primeiramente, que todos lendo isso tenham um próspero ano. Finalmente terminei um dos Pokémon mais recentes, e desde que o comecei já planejava escrever sobre. Bom, em frente!
Introdução
Pokémon Legends Arceus foi lançado em 28 de janeiro de 2022 mundialmente para o Nintendo Switch. Este é um jogo da saga 'core' (como são chamados os jogos da linhagem principal na franquia), porém traz novidades na jogabilidade tradicional da série. Bom, se você não é familiarizado com os segmentos de jogos da franquia, eu explico: Pokémon é originalmente um RPG de turnos, o objetivo do jogador é - através de seu personagem controlável - 'explorar' a região, capturar todos os pokémon e se tornar o Campeão da Liga Pokémon (o que geralmente ocorre ao se derrotar o campeão anterior). Legends chega para subverter isso, nos enviando ao passado do mundo Pokémon - na antiga região de Hisui -, numa época em que a relação entre humanos e os monstrinhos de bolso era mais distante do que estamos acostumados. Entrarei em maiores detalhes quanto a isso e mais nos tópicos abaixo, por isso, peço gentilmente que continue a sua leitura!
Jogabilidade Inovadora
Assim como nos jogos anteriores, em 'Legends Arceus' há de completar a Pokédex (PokéAgenda, uma enciclopédia que lista as espécies de monstrinhos com suas peculiaridades). Só que, diferente dos demais jogos, aqui esse é o objetivo principal, sendo algo necessário para se chegar ao final definitivo do jogo. Normalmente, a tarefa de capturar as criaturas seria bastante exaustiva, mas isso é colocado em cheque com a forma que passa a funcionar em LA. Aqui temos um mundo semi-aberto, onde os pokémon habitam livremente pelo mapa, cada um possuindo suas próprias personalidades e trejeitos de acordo com suas espécies.. Basicamente, dividem-se em três tipos: os medrosos, que fogem quando você se aproxima, os passivos, que não se acanham na sua presença e os agressivos, que tentarão te atacar ao notar a sua presença. Dentro desses, existem algumas variantes, além de que em certas condições podem mudar de um quadro para outro. Isso sem contar que podem se fazer presentes em bandos, sozinhos, tal como possuem comportamentos específicos (voar, correr, saltar, etc). Essas variáveis costumam seguir padrões de acordo com a espécie do Pokémon, mas nem sempre trata-se de uma regra.
Justamente para tornar a travessia nessas áreas mais tranquila, o sistema de montarias - introduzido de vez nos jogos 'Sun & Moon' retornou, e a sua aplicação foi sensacional. Resumidamente, temos :
- Wyrdeer, para se correr pelas planícies;
- Ursaluna, para se buscar por itens perdidos;
- Basculegion, para se navegar pelas águas;
- Sneasler, para as escalas;
- Braviary (de Hisui), para se desbravar os céus;
Os transportes são muito úteis e fazem bastante sentido dentro da premissa de exploração do jogo. Não posso deixar de citar a fluidez que é sair de um transporte ao outro. Se você está montado no Wyrdeer e entra na água, automaticamente trocará para o Basculegion. Se estiver caindo e pressionar o botão 'A', chamará pelo Braviary e, caso pouse com ele no solo, retornará para a última montaria terrestre que utilizou.
As cinco montarias presentes no jogo. |
Uma das ruas da Vila de Jubilife, vista de forma panorâmica. |
Adaman, líder dos Diamond e Irida, líder dos Pearl. |
Trilha sonora nostálgica e moderna
Legends traz uma OST magnífica, casando perfeitamente com a aventura. As soundtracks de Pokémon serem magníficas não é novidade (até quem detesta a franquia é capaz de admitir isso), porém Legends conseguiu fazer algo fantástico e inédito para a franquia até então - corrijam-me, caso eu esteja incorreto -: combinar nostalgia com inovação. Como assim? Os remakes, versões relançadas e (em teoria) atualizadas dos jogos antigos da franquia trazem a mesma trilha sonora das versões originais, porém utilizando-se de equipamentos mais modernos, porém sem mudar muita a essência. A maioria costuma até considerá-las inferiores. Em Legends Arceus, justamente por ser um jogo novo - embora situando-se como um 'ancestral' d'um pré-existente -, muitas das músicas são rearranjos da OST de Diamond/Pearl, alterando tempo, escala, ritmo, etc. Às vezes isso nem é notado na primeira vez vez em que são escutadas, porém já é o suficiente para trazer uma belíssima sensação de familiaridade de forma inconsciente. Ou seja, o jogo conseguiu trazer versões novas e modernas de faixas mais antigas, porém com uma essência própria, buscando combinar melhor com o contexto do jogo. Acho que o maior exemplo disso é a a faixa da Vila de Jubilife, que ao decorrer do jogo, torna-se cada vez mais semelhante a faixa da Cidade de Jubilife.
Engana-se, no entanto, quem pensa que a OST de Arceus vive apenas de explorar as faixas de DPPt, pois o jogo possui muitas faixas únicas e 100% originais que, diga-se de passagem, são sensacionais. A imersão é garantida! Se tem algo que nunca perdeu a qualidade em Pokémon foi a sua produção músical, pois mesmo os piores dos jogos da franquia têm uma trilha sonora 'campeã', só que os jogos mais trabalhados são justamente os que melhor se saem nesse quesito. Legends Arceus exibe uma qualidade musical muito acima do patamar da franquia.Um jogo para - quase - todos
Em geral, esse game é sensacional. Ele é, certamente, um dos meus favoritos de todos os tempos (não apenas na série Pokémon!), e sei que muitos fãs da franquia concordam comigo nesse ponto. Contudo, devo dizer que existe sim um subgrupo dos jogadores de Pokémon que talvez não sejam agrados por PLA: os focados exclusivamente em partidas competitivas. Olha, eu tive meu período de jogador competitivo da franquia, porém nunca foquei apenas nisso. Existe uma minoria, no entanto, que interessa-se apenas nesse aspecto, tendo total desinteresse no mundo, nos personagens, história, captura, etc. Basicamente as pessoas que só jogam o Pokémon Showdown (nada contra, ok?). Para elas, talvez Legends Arceus não seja tudo isso, já que trata-se de um jogo Single-Player. Olha, porém vale a pena dar uma chance, viu? Pode ser muito divertido, inclusive para quem nunca jogou algo na franquia! De minha parte, devo dizer: esse é o jogo que desde criança eu sonhei.
Pokémon não precisa ser realista, não precisa dos melhores gráficos. Precisa ser feito pensando na imersão e diversão dos jogadores, ou seja, ser produzido com muito carinho. Carinho este que eu não via presente nos 'mainline' da franquia desde que Black & White 2 saíram (embora nunca tenham sido os meus favoritos, a densidade multi-aspecto dos jogos me fazia vê-los como os melhores da saga core até jogar o Arceus).
Com todo orgulho do mundo posso dizer que não apenas completei a Pokédex (o primeiro jogo que senti que isso era algo realmente necessário, além de ter sido muito divertido e recompensador), como realizei todas as missões - menos as de batalha, pois simplesmente não me interessaram o suficiente -.
Pretendo rejogar esse jogo no futuro e, quem sabe, comente como foi revisitar Hisui aqui no Blog.
Bom, em resumo, embora falhe em alguns aspectos - mais especificamente os gráficos, que não são péssimos como muitos apontam, porém estão longe de serem bons como poderiam -, esse jogo é sensacional! Sinceramente, para a magnitude dele, sinto que faltou reconhecimento. Scarlet & Violet, extremamente mal polidos, tiveram mais reconhecimento que Arceus? É, um absurdo, sinceramente.
Antes de me despedir, gostaria de anunciar que abri uma 'filial' do blog no medium, clique aqui para acessá-la, ou acesse: >> medium.com/@oneleigan <<
O objetivo é republicar alguns posts selecionados do Leigan - com algumas pequenas alterações/melhorias - lá, além de alguns artigos exclusivos. Não abandonarei a ramificação original, aqui no Blogger, continuarei postando por aqui normalmente, sendo que algumas coisas podem sair apenas por cá. Esse blog é muito bem-quisto por mim, porém as visualizações - que já não eram tantas estam bem baixas, por isso estou buscando maneiras de expandir o alcance. Além disso, faz um tempo que almejo criar alguns conteúdos 'diferentes'. De certeza, posso dizer que quero começar a focar mais em artigos que exploram os aspectos filosóficos e abstratos de algumas obras, buscando explicar suas outras facetas, não apenas focando em reviews tradicionais como faço a maioria das vezes. É algo que procuro fazer tem tempo, porém nem sempre consigo devido ao costume e falta de planejamento concreto. Quero começar a analisar mais as obras por arcos/partes, pois assim posso me aprofundar mais e evito ter de dar muitos spoilers.
Por fim, tenho o desejo de criar algum outro tipo de conteúdo que funcione como complemento ao Leigan, só não sei bem o quê. Podcasts parecem ser o que menos dão trabalho e já tive experiência de participar de alguns projetos, então posso testar um Leigancast ou semelhante (no formato de podcast tradicional, não sou grande fão dos podcasts audiovisuais e nem pretendo exibir o meu rosto). Embora eu tenha algum interesse em produzir conteúdo audiovisual (vídeos com som e imagem), sei que hoje existe uma demanda inconsciente para que eles sejam gravados exibindo o rosto d'álguém, coisa que não pretendo fazer também, além de ser muito mais complicado editar vídeos - não tenho experiência alguma na área, tampouco tempo para aprender no momento -. Tiktok/Instagram são fora de cogitação. Tenho a tendência a prolixidade, preciso de um espaço onde consiga me expressar sem me preocupar com limite de tempo/caracteres. Bom, de toda forma, é um assunto a ser mastigado por um prazo indefinido. Eventualmente tomarei minha decisão e apresentá-la-ei aqui no blog.
Obrigado por quem leu tudo até aqui, fique bem e, até mais!
PS.: A maior parte deste artigo foi escrito cerca de um mês atrás, o que significa que na sua data de publicação, faz um bom tempo que zerei o jogo. Peço desculpas por qualquer inconsistência e/ou falha que isto tem causado.
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