domingo, 11 de fevereiro de 2018

Kimi no na wa - O seu nome

Olá, como vai?

Apesar de um certo hiato de posts aqui do blog, estou de volta para comentar sobre um filme que acabei de ver, Kimi no na wa (literalmente "Seu nome").
Já tinha ouvido falar bastante desse filme, e acho que quatro pessoas diferentes o recomendaram para mim, mas acabei deixando pra frente e hoje decidi ver por não estar conseguindo dormir.
Falarei brevemente sobre o que o filme se trata, criticarei alguns pontos dele e depois direi o que achei de forma mais pessoal. Terão spoilers, de nível médio. Eles prejudicaram para quem não viu ainda, mas também não tornam o filme sem graça, ele continuará divertido (apesar sem muitas surpresas).


Esse filme conta a história de Mitsuha e Taki (Ela vive em uma vila tradicional no interior do Japão e Ele na "Grande Tóquio" com uma vida bem mais agitada), dois jovens que sem um motivo prévio passam a trocar de corpo (entre si somente) de duas a três vezes por semana. Sempre que eles trocam de corpo, fazem anotações sobre o que fizeram para o outro não ficar perdido, pois não se lembram do que fizeram enquanto assumiam outro papel e não podem se contactar diretamente. Dessa forma, precisam aprender a conviver com essa nova e confusa rotina, ao mesmo tempo em que acabam se conhecendo intimamente sem nem perceberem (ou melhor, se verem ou conversarem!).

É muito interessante ver como o filme se desenvolve, e como os personagens crescem dentro disso. A história de fato é coerente, os elementos do roteiro são muito bem aplicados, mas isso não significa que o filme seja perfeito, sendo sincero, vi alguns problemas nele e os abordarei aqui. Muitos são bobos, mas são quase "clichés" que eu sempre vejo nos longa-metragens animados do Japão dessa década (que seguem um modelo inicial parecido).

Vamos lá~!

  • A trajetória da história é muito previsível. 
Então, literalmente na metade do filme, o Taki conclui que vive em um 'plano' diferente de Mitsuha, ou seja, estão situados em um local diferente do tempo-espaço. Mitsuha está vivendo três anos antes de onde Taki está. Antes de isso ser revelado, no exato momento que Taki estava no avião, eu já estava pensando "Esses dois vivem em um mundo diferente, está muito cedo para se encontrarem".

E de fato era isso...na hora eu pensei serem literalmente dimensões diferentes, mas era apenas o plano temporal que se diferia... mas enfim, quando ele estava no Café e mostrou o desenho, por coincidência eu comecei a pensar "Ah, já sei ela é de uma época muito anterior a dele". 

Bem, eu errei aí, era pouco antes. Mas de fato eu fiquei muito em dúvida logo após concluir isso, por causa do nível de tecnologia da Vila de Mitsuha. 
Enfim, quando esse ponto se provou, me desapontei um pouco, não muito, mas foi um pouco chato eu adivinhar isso bem antes...

Além de descobrir a diferença temporal, descobriu que aquela vila foi atingida por um meteorito e quase todos morreram, incluindo a Mitsuha...
Também consegui adivinhar várias outras coisas, ele tentando salvar a vila e falhando...depois ela tentando continuar de onde parou, tudo dando bem errado no final...o destino imutável, onde todos morreriam...exceto personagens-chave!
 
Milagrosamente, e sem explicação (diferente do que a última cena dela na vila demonstra...), novos sobreviventes! Entre eles, o que de fato importa: MITSUHA!

Mas demorou para os dois se encontrarem, ambos já deviam ter uns 20 anos, e simplesmente na sorte. Olha, tudo bem que eu já vi muitas obras nesse estilo (não só do Japão), então faz sentido eu conseguir adivinhar muitas coisas, tenho certeza de que pessoas mais leigas nesse campo conseguiram ver o filme sem muitos problemas.


  • Excesso de mistiscismo desnecessário e maçante.
Essa reclamação não é algo popular de se fazer, ainda mais entre um fã de animes, mas enfim...

Uma coisa que tem me cansado muito é a quantidade de misticismo bobo que andam enfiando em animes para seguirem a algum padrão atual da indústria (!?).
É forçado, muitas vezes com teor depressivo completamente artificial (Estou falando de você, cinco centímetros!). Parece que é por pura tabela, se quer incorporar certos conceitos numa obra, que seja de forma adequada.

Destino entrelaçado, mudar algo destinado a acontecer (ou que já ocorreu, como no caso de Kimi no na wa), um sentimentalismo forçado e moderno (que arrisco dizer, não é algo comum do Japonês normal). 

Já cansou, isso é um dos maiores culpados de essas obras serem previsíveis...
Mas a depende de como e o quê - consigo aguentar bem. E nesse filme não me incomodou ao ponto de parar de assistí-lo, mas achei interessante comentar...

O final dá uma pequena impressão de ser meio corrido, mas até que ocupou o tempo certo.

No mais, é isso. Gostei do filme!

Recomendo, ainda mais para se assistir em família (apesar de eu ter visto sozinho haha).

Nota: 7,0/10.

Por quê? O enredo é meio falho, a trilha sonora torna o filme imersivo e as personagens são colocadas de forma que ocupem seus "cargos" corretamente, sem aparições desnecessárias.

Ainda não li o mangá, mas o farei! Daí, trago uma pequena comparação.

Fico por aqui, voltarei quando der com mais um post!

Um abraço, espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar, sayonara!